Em 04/06/2018
Artigo - Regina Pitoscia - Por que esse pode ser um bom momento para comprar imóvel 5k6lp
Alguns dados concretos indicam ser essa uma boa hora para a compra de um imóvel. Tanto para quem pretende investir no setor como para quem está em busca da casa própria. 4h1u65
Alguns dados concretos indicam ser essa uma boa hora para a compra de um imóvel. Tanto para quem pretende investir no setor como para quem está em busca da casa própria.
O mercado imobiliário vem de uma ressaca de três a quatro anos e começa a ensaiar reação há alguns meses. Um movimento que vem sendo detectado por diferentes setores desse segmento, e permite dizer que há ofertas a preços convidativos.
Uma rápida retrospectiva dos últimos dez anos traz uma compreensão melhor do atual cenário. No período entre 2008 e 2014 houve uma forte valorização dos imóveis no País, ressalta o diretor comercial da Setin Incorporadora, Evanilson Bastos. Depois disso, lembra ele, os preços só caíram, houve retração tanto na oferta como na demanda de unidades.
Juros e incertezas
Além dos efeitos diretos da crise financeira que atingiu o País e travou o mercado de imóveis, é importante traçar um paralelo com a taxa de juros, que nesse período zanzava entre 12% e 14% ao ano. Fator que tornava atraentes as aplicações financeiras e o crédito muito caro.
Hoje, a situação é inversa: “Os juros nos financiamentos imobiliários estão abaixo de 9% ao ano, há uma confiança maior do consumidor final para comprar a casa própria”, afirma o diretor. “Ao mesmo tempo, como caiu o rendimento no mercado financeiro, cresce o interesse dos investidores pelos imóveis”.
Acrescente-se a isso o fato de estarmos em um ano de eleições, que traz uma gama de tensões políticas e incertezas econômicas, abrindo espaço para o crescimento de ativos reais, como imóveis, considerados então como um bom refúgio para o dinheiro.
No primeiro trimestre desse ano, o volume de vendas na Setin se apresenta 30% superior em relação ao mesmo período de 2017. “Os preços dos imóveis ainda estão defasados, a oferta é grande, há boas oportunidades e oferta de crédito”, constata Bastos.
No caso de quem levanta um financiamento para a compra de um imóvel, o que representa assumir um compromisso no longo prazo, de 15 a 30 anos, o diretor argumenta que “as incertezas já foram maiores”. Na sua opinião, pelo nível das taxas, preço acomodado e pela situação macroeconômica melhor, o nível de risco é menor.
Reação desde 2017
Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), essa reação foi detectada pelas pesquisas do Sindicato já no terceiro trimestre de 2017, e consolidada de outubro do ano ado e março deste ano. “É um crescimento consistente”, ressalta o economista. “Depois de anos de demanda reprimida, há uma grande aderência aos lançamentos. Está ocorrendo uma redução na perda real no valor do imóvel e uma valorização nominal das unidades”.
Não é possível antecipar nem quanto nem quando vai ocorrer uma alta expressiva dos preços, segundo Petrucci. “Esse é um bom momento para a compra. É possível fazer um bom negócio, especialmente para quem tem uma parcela de 20 a 30% do valor do imóvel para dar de entrada”.
Consumidor final
Maior movimentação nas operações com imóveis foi percebida também pelo Grupo Zap Viva Real, que mantém um portal com 5 mil ofertas, em todo o País, fazendo uma ponte entre incorporadoras, imobiliárias e o consumidor final.
Houve um aumento de 9% na procura por unidades residenciais usadas, no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período no ano ado, informa, Cristiane Crisci, Gerente de Inteligência de Mercado, do Grupo. “Quem pretende comprar um imóvel hoje encontra uma ampla oferta, diz a gerente. “Há imóveis usados, os lançamentos, e as unidades novas que estão nos estoques das incorporadoras, com preços atraentes”.
Pesquisa realizada em abril com usuários do portal Zap Vila Real revelou que, no primeiro trimestre do ano, o comprador conseguiu descontos em torno de 13%, em relação ao valor pedido inicialmente. A procura maior é por imóveis para moradia, 61%, enquanto os 39% restantes são investidores, que pretendem obter renda com aluguel. Entre os participantes do levantamento, que haviam comprado imóveis nos últimos 12 meses, 59% fecharam negócio com imóveis usados.
Esse estudo sobre o comportamento do mercado imobiliário foi iniciado pelo Grupo em 2014, e de lá para cá a percepção dos usuários sobre os preços mudou bastante. Na ocasião, a parcela dos compradores que considerava os preços “altos ou muito altos” era de 84%. Esse porcentual caiu para 45% na última pesquisa. Ao mesmo tempo, houve um crescimento dos que consideram os preços “baixo ou muito baixos”, de 4% para 17%.
“Nas grandes cidades, como São Paulo, Rio, Porto Alegre ou Campinas, há um interesse maior do comprador por unidades de 2 e 3 dormitórios e também pelos apartamentos menores, com um dormitório, mas com boa localização”, afirma a gerente.
Em São Paulo, é possível identificar ainda uma retomada de negócios com as unidades de alto padrão, “muito provavelmente, em função do baixo nível de lançamento nos últimos anos, e demanda represada”. Paralelamente, segundo ela, os estúdios localizados próximos a shoppings e estações do metrô, sem garagem, é cobiçado pelo público mais jovem em busca de facilidade com serviços e mobilidade.
O fato de a Caixa Econômica Federal ter voltado a financiar até 70% do valor imóvel é outra fonte de estímulo para o aquecimento dos negócios. “Essa dinâmica puxa os outros bancos, a inflação baixa e estável e sinais de crescimento do PIB aumentam a confiança do comprador”, pontua Crisci.
Fonte: Estadão
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